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“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. (II Tm. 2.15).

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Perdoar de Todo o Coração

Por: Prª. Nancy de Assis Ramos

Cultivemos um espírito de perdão no coração
Nós, os cristãos, precisamos manter um perene espírito de perdão no coração. Na parábola do “Credor Incompassivo”, em Mateus 18, Jesus revela que, se não perdoarmos ao nosso irmão “do íntimo”, o Pai celeste também não nos perdoará. E podemos perfeitamente perdoar assim ao nosso ofensor, mesmo quando ele ainda está nos magoando.
Perdoar, mesmo sendo crucificado
Lembremo-nos de Jesus na cruz do Calvário. Se houve alguém que sofreu uma terrível violência contra todo o seu ser, essa pessoa foi Jesus. Ali, além dos cravos que perfuraram suas mãos, ele suportou zombarias, vergonha e desprezo. Agüentou tudo isso como nosso Salvador. Não havia a menor condição de ele falar a cada um de nós:
“Você pecou contra mim!”
É que, no coração, ele cultivava um espírito de perdão. Tinha uma disposição prévia nesse sentido. E foi por isso que fez aquela poderosa declaração: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Ele sabia que aqueles homens eram pecadores e estavam cometendo muitos erros conscientemente. Contudo eles não faziam idéia da profundidade do mal que praticavam ao crucificá-lo.

O que significa “perdoar do íntimo”?
Alguém talvez diga:
“Mas ele era Jesus! Como isso se aplica a uma pessoa como eu?”
Perdoar de todo o coração significa fazer o seguinte propósito:
“Vou começar a rejeitar todo e qualquer pensamento contrário ao perdão. Vou corrigir minhas intenções, para fazer só aquilo que sei que devo fazer.”
Agindo assim, estaremos tirando a questão do perdão da esfera dos sentimentos (sobre a qual temos pouco controle) e transferindo-a para a da decisão.
Vemos que tanto Jesus como Estêvão já abrigavam no coração essa disposição de perdoar a seus ofensores, mesmo quando estes ainda não haviam mudado de atitude. E foi isso que Paulo quis dizer quando afirmou: “tornando-me como ele em sua morte”. Ele viu no Senhor e em Estêvão essa disposição de perdoar a seus agressores até no próprio momento em que estavam sendo mortos.

Um princípio de vida exemplificado em José
Na vida de José, vemos a seguinte norma de conduta:
“Jamais deixarei que as circunstâncias determinem minha maneira de agir. Por mais trágicas e inquietantes que elas sejam, não permitirei que me destruam. E por melhores que sejam, não as verei como a razão do sucesso que eu possa alcançar.”
O ponto crucial de nossa existência é a maneira como encaramos as circunstâncias. José foi atirado numa cova. Poderia ter ficado ressentido e amargurado pelo resto da vida. Foi levado para o Egito e vendido como escravo para Potifar. Foi maltratado, difamado e lançado numa prisão. Se houve um homem que tinha muitos motivos para viver revoltado, foi ele. Entretanto acabou vitorioso porque não deixou que as situações da vida influenciassem sua atitude. Guiava-se pelos pensamentos que deixava entrar em seu coração. Sua mentalidade era a seguinte:
“Se nossos atos e pensamentos estiverem em harmonia com o ensino da Palavra de Deus, nenhuma circunstância poderá nos derrotar. Se nossas idéias e intenções forem coerentes com a Bíblia, podemos até passar por reveses, mas nós os superaremos.”

Pensemos naquilo que é justo e amável!
Então o segredo aí é mantermos a mente fixa na justiça e no perdão. Pensemos naquilo que é justo, puro, amável e de boa fama. É na mente que travamos essa batalha. Sabia que todo pensamento que acolhemos na mente pode ser puro e limpo? Não somos obrigados a aceitar tudo. Podemos rejeitar aqueles que não se acham em consonância com a Palavra de Deus. “Anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.” (2 Co 10.4,5.) Se isso não fosse possível, certamente o apóstolo Paulo não faria tal afirmação.


Cultivemos um coração perdoador
Na ocasião em que Estêvão foi apedrejado, Paulo se encontrava nos “bastidores”, consentindo na morte dele. Então ouviu aquele mártir dizer: “Senhor, não lhes imputes este pecado!” Os acusadores daquele homem não davam nenhum sinal de arrependimento, mas ele tinha um coração perdoador. Nele, Paulo viu algo que nunca havia presenciado antes: o Calvário. Entendeu que se tratava de uma realidade totalmente diferente de tudo que aprendera na lei. Posteriormente, na estrada de Damasco, Deus lhe disse: “Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões”. O Senhor lhe dizia o seguinte:
“Estou tocando em sua consciência e está sendo muito penoso para você resistir ao que venho tentando lhe mostrar. Você sabe o que viu em Estêvão, dias atrás.”
Então Paulo entendeu que se achava diante de Jesus Cristo, aquele de quem Estêvão falara. E assim que recebeu a Jesus como seu Senhor, passou a ter a disposição para o perdão. Com isso, o peso de seus erros anteriores também se dissipou. E essa maravilhosa transformação que lhe ocorreu foi conseqüência do perdão que aquele mártir estendeu a seus agressores. A partir daí, Paulo, por sua vez, manteve sempre o espírito de perdão. E nós, de igual forma, se nos dispusermos a perdoar e conservar pura a nossa mente, podemos ter sobre outros o mesmo tipo de impacto que Estêvão causou.

 Autor: Harold J. Brokke
Harold Brokke é conferencista e membro da Missão Evangélica Betânia nos Estados Unidos.

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